06 dezembro 2005
Ave, Palocci, os que vão matar te saúdam!
J. Carlos Assis
06/12/2005
É absurdo quando dizem, referindo-se à violência no Rio e em outras metrópoles brasileiras, que estamos numa guerra civil. Não há guerra civil onde não há uma busca organizada de afirmação de cidadania pelos dois lados. O que temos é, de um lado, os que valorizam tanto sua vida, ou a boa vida que levam, que simplesmente ignoram ou passam por cima das necessidades mais elementares dos demais; do outro lado estão os que, mergulhados pelo sistema de comunicação "democrático" no mundo glamoroso da sociedade de consumo, sabem que só terão acesso a ele pela prática da violência.
O Governo Lula reduziu a política social a programas assistencialistas, remetendo ao mercado a solução para o desemprego, que é a verdadeira raiz da crise social. A política econômica que vimos seguindo há mais de dez anos é uma fábrica recorrente de desempregados. Quando se somam a estes os subempregados (os ocupados que ganham menos de um salário mínimo), chegamos a quase um terço da população ativa. É a maior tragédia social de nossa história. No entanto, falando no Congresso, o ministro Palocci sacou as últimas estatísticas da Pnad para sustentar que não há relação entre a política econômica e a crise social.
J. Carlos Assis
06/12/2005
É absurdo quando dizem, referindo-se à violência no Rio e em outras metrópoles brasileiras, que estamos numa guerra civil. Não há guerra civil onde não há uma busca organizada de afirmação de cidadania pelos dois lados. O que temos é, de um lado, os que valorizam tanto sua vida, ou a boa vida que levam, que simplesmente ignoram ou passam por cima das necessidades mais elementares dos demais; do outro lado estão os que, mergulhados pelo sistema de comunicação "democrático" no mundo glamoroso da sociedade de consumo, sabem que só terão acesso a ele pela prática da violência.
O Governo Lula reduziu a política social a programas assistencialistas, remetendo ao mercado a solução para o desemprego, que é a verdadeira raiz da crise social. A política econômica que vimos seguindo há mais de dez anos é uma fábrica recorrente de desempregados. Quando se somam a estes os subempregados (os ocupados que ganham menos de um salário mínimo), chegamos a quase um terço da população ativa. É a maior tragédia social de nossa história. No entanto, falando no Congresso, o ministro Palocci sacou as últimas estatísticas da Pnad para sustentar que não há relação entre a política econômica e a crise social.