06 dezembro 2005

 

"A política industrial não pode ser subordinada às questões macroeconômicas",
Fernando Sarti
03/12/2005

Podemos dividi-las em dois grandes grupos: de um lado, um grupo liberal, que vê uma função muito restrita e subordinada da política industrial em relação às demais políticas. Para esses, basicamente, a política industrial serviria como uma forma de resolver falhas de mercado ou falhas de governança, sendo subsidiária e tendo como intuito promover melhorias de externalidades. É uma visão muito restrita e passiva.

A outra visão, que eu denominaria "desenvolvimentista", atribui uma importância muito maior para a política industrial. Primeiro, propõe-se que ela não deve estar subordinada à política macroeconômica, ao contrário: dada a sua sinergia, ela deve ser ativa e integrada a essa política macroeconômica, numa posição hierárquica superior à que possui dentro da visão liberal. Segundo, propõe-se que ela não deve ser apenas uma política horizontal e não-discricionária; ao contrário, ela precisa ser discricionária e deve tratar desiguais de forma desigual. Transcendendo sua dimensão horizontal, tal política precisa olhar de forma diferente para os diversos setores, elegendo quais serão privilegiados e beneficiados, dependendo da estratégia de desenvolvimento.

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