25 janeiro 2006

 

O discurso do atraso nas bocas de Alkmin e Aécio
J. Carlos de Assis
25/01/2005

A expressão mais genuína da degradação do processo político brasileiro pode ser inferida do grito de guerra dos governadores tucanos Geraldo Alkmin e Aécio Neves em sua corrida pela Presidência da República. Segundo eles, aquilo de que realmente o Brasil precisa é de um bom gerente. Nada de alguém capaz de uma concepção estratégica dos caminhos que devemos percorrer, nada de um visionário que nos desperte para um projeto nacional de um maior bem estar social, nada de um espírito realizador que nos reconcilie com o desenvolvimento. Nada disso. Basta um gerente.

Um bom gerente é alguém que põe em prática um plano feito por outro. Se o presidente da República for um bom gerente, como querem Alkmin e Aécio, a pergunta é: a quem caberá fazer o plano? De quem será a proposta política de destino nacional? Quem apontará o caminho dos interesses nacionais a serem promovidos?

Já a “teoria do gerente” corresponde a uma espécie de fusão de fato entre o PSDB e o PT. Subjacente a ela está a idéia de que o neoliberalismo é o fim da história. Não existe nada melhor do que a política econômica em curso.

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