03 fevereiro 2006

 

A disfuncionalidade da moeda financeira
J. Carlos de Assis

03/02/2006

O caso brasileiro é uma aberração. A taxa com que o Banco Central remunera dinheiro corrente dos bancos é superior à taxa que os poupadores recebem por dinheiro indisponibilizado por um mês (poupança) ou mais (CDBs). De uma forma ainda mais extravagante, é a taxa do mercado de dinheiro que remunera os títulos de prazo longo do Banco Central.

Isso faria algum sentido para o senso comum se a remuneração no over fosse mais baixa que a remuneração nos títulos a prazo. Como acontece o inverso, trata-se de uma aberração brasileira contra o interesse público, de claro favorecimento exclusivamente aos especuladores financeiros. O intrigante é que tivemos, nas últimas décadas, uma sucessão de gênios financeiros na Diretoria do Banco Central e todos fingiram que essa aberração não existia.


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