06 fevereiro 2006

 

Questão basilar
Jayme Magrassi de Sá
06/02/2006

No momento atual, uma fórmula mais ou menos de encomenda apontou a indicação, questionável, de o limite de crescimento do PIB sem pressões inflacionárias é de 3,5%. Além das limitações inatas da econometria para consubstanciar fenômenos, do tipo, o potencial é fruto de condições reinantes numa dada quadra ou num momento, sujeito, portanto, a alterações por força do grau de racionalidade na ação econômica, dos ganhos de produtividade do total de fatores e das oportunidades do mundo empresarial somadas a capacitações operacionais específicas da força do trabalho. Tomar como referência os 3,5% da econometria é quase o mesmo que marcar a febre com termômetro codificado.

Em matéria de PIB potencial o IBGE bem que poderia armar-se para essa inquisição. Tem foros para tanto. Quanto à curva dos juros é de indagar se o BC estaria preparado e sobretudo disposto a devassar a questão. Será?

Mas quanto a disputa entre Tesouro e BC versando a sanidade da política monetária, não será a pífia nota do ministro da Fazenda que esgotará o assunto. Se o ministro não se interessa pelo deslinde da questão e, à sorrelfa, se omite via pito funcional, bem, isso é caso para a Presidência da República, embora a sociedade certamente não deseje um Ministério da Fazenda só para pitos ou para encontrar formas de jogar lixo para baixo do tapete.

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