30 abril 2006
Um país inibido
Paulo Nogueira Batista Jr.
27/04/2006
Hoje em dia, um Juscelino seria impensável. Ele sabia, instintivamente, que não existe desenvolvimento sem uma certa desordem. Todos ou quase todos os presidentes e presidenciáveis brasileiros invocam JK. Mas não é possível reviver o seu espírito sem correr riscos, sem espírito de aventura.
O escrúpulo é a morte da ação, dizia Fernando Pessoa. Ninguém chega a JK deixando-se dominar por escrúpulos econômico-financeiros. Fiscalismo exacerbado, obsessões antiinflacionárias, propensão a bajular os mercados financeiros -nada disso combina com Juscelino, nada disso combina com desenvolvimento econômico.
Queridos, encolhemos o Brasil
Clóvis Rossi
28/04/2006
Lá atrás, quando ainda engatinhava na caminhada para ser o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin ensaiou um slogan segundo o qual o Brasil precisaria de um "gerente". Era bobagem. Tanta bobagem que foi abandonada.Agora, o próprio Alckmin confessa que quer ser apenas um "prefeito". Meu Deus do céu, como o Brasil tornou-se desambicioso.
No governo FHC, cunhou-se a expressão "utopia do possível", uma contradição em termos, como é óbvio, e uma rendição à mediocridade. Buscar apenas o possível, qualquer medíocre o faz. Buscar a utopia é para os grandes, até porque, embora inalcançável, é só na sua busca que se consegue alargar os horizontes do possível.
Já a Presidência precisa de alguém que pense grande, realmente grande. Alguém que tenha a coragem de ousar, de romper moldes, de testar e desafiar limites. Alguém que, em vez de ler e/ou ouvir apenas os economistas de sempre, leia também Calderón de la Barca, para aprender que "la vida es sueño, y los sueños sueños son".
Não se faz um país sem sonhos. Não se faz um grande país sem grandes sonhos.
Paulo Nogueira Batista Jr.
27/04/2006
Hoje em dia, um Juscelino seria impensável. Ele sabia, instintivamente, que não existe desenvolvimento sem uma certa desordem. Todos ou quase todos os presidentes e presidenciáveis brasileiros invocam JK. Mas não é possível reviver o seu espírito sem correr riscos, sem espírito de aventura.
O escrúpulo é a morte da ação, dizia Fernando Pessoa. Ninguém chega a JK deixando-se dominar por escrúpulos econômico-financeiros. Fiscalismo exacerbado, obsessões antiinflacionárias, propensão a bajular os mercados financeiros -nada disso combina com Juscelino, nada disso combina com desenvolvimento econômico.
Queridos, encolhemos o Brasil
Clóvis Rossi
28/04/2006
Lá atrás, quando ainda engatinhava na caminhada para ser o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin ensaiou um slogan segundo o qual o Brasil precisaria de um "gerente". Era bobagem. Tanta bobagem que foi abandonada.Agora, o próprio Alckmin confessa que quer ser apenas um "prefeito". Meu Deus do céu, como o Brasil tornou-se desambicioso.
No governo FHC, cunhou-se a expressão "utopia do possível", uma contradição em termos, como é óbvio, e uma rendição à mediocridade. Buscar apenas o possível, qualquer medíocre o faz. Buscar a utopia é para os grandes, até porque, embora inalcançável, é só na sua busca que se consegue alargar os horizontes do possível.
Já a Presidência precisa de alguém que pense grande, realmente grande. Alguém que tenha a coragem de ousar, de romper moldes, de testar e desafiar limites. Alguém que, em vez de ler e/ou ouvir apenas os economistas de sempre, leia também Calderón de la Barca, para aprender que "la vida es sueño, y los sueños sueños son".
Não se faz um país sem sonhos. Não se faz um grande país sem grandes sonhos.