19 maio 2006
Os anões e a elite
Clóvis Rossi
19/05/2006
No meio dos anões, emerge com a análise correta o governador Cláudio Lembo ao culpar a mesquinharia da "elite branca" pela crise. Sim, foi essa elite que fez todos os governantes dos últimos 500 anos, que depôs os que pareciam contrariá-la, ainda que tivessem idêntico berço, e que, passada a moda da deposição, cooptaram os que originalmente a ela não pertenciam, caso específico de Luiz Inácio Lula da Silva.
Pena que Lembo seja a prova definitiva da mesquinharia da elite: só descobriu seus podres agora que está no ocaso. Antes, passou a vida a serviço dela, gostosa e gloriosamente. Pobre país.
Keynes, nos ajude de novo
Luiz Carlos Mendonça de Barros
19/05/2006
Vivemos hoje um conflito semelhante entre os valores do mundo financeiro e os do chamado lado real da economia. Converse com alguém ligado ao primeiro e terá uma visão extremamente otimista de nossa economia; visite uma zona rural ou as associações ligadas à indústria brasileira e o quadro muda de cor, de rosa para negro. Olhada a economia brasileira pelo lado da solvência, principalmente a externa, realmente vivemos dias de muita segurança e glória. Afinal, em poucos anos poderemos ser um país sem dívida externa. O Banco Central acumula reservas de uma forma extraordinária e, ainda, recompra títulos de nossa dívida externa no mercado, reduzindo, com isso, os riscos de uma crise externa, como ocorreu com freqüência no passado. Mas o outro lado dessa equação, isto é, o custo da acumulação de reservas em um ambiente de juros reais de 10% ao ano, é uma ameaça real para a atividade econômica.
Clóvis Rossi
19/05/2006
No meio dos anões, emerge com a análise correta o governador Cláudio Lembo ao culpar a mesquinharia da "elite branca" pela crise. Sim, foi essa elite que fez todos os governantes dos últimos 500 anos, que depôs os que pareciam contrariá-la, ainda que tivessem idêntico berço, e que, passada a moda da deposição, cooptaram os que originalmente a ela não pertenciam, caso específico de Luiz Inácio Lula da Silva.
Pena que Lembo seja a prova definitiva da mesquinharia da elite: só descobriu seus podres agora que está no ocaso. Antes, passou a vida a serviço dela, gostosa e gloriosamente. Pobre país.
Keynes, nos ajude de novo
Luiz Carlos Mendonça de Barros
19/05/2006
Vivemos hoje um conflito semelhante entre os valores do mundo financeiro e os do chamado lado real da economia. Converse com alguém ligado ao primeiro e terá uma visão extremamente otimista de nossa economia; visite uma zona rural ou as associações ligadas à indústria brasileira e o quadro muda de cor, de rosa para negro. Olhada a economia brasileira pelo lado da solvência, principalmente a externa, realmente vivemos dias de muita segurança e glória. Afinal, em poucos anos poderemos ser um país sem dívida externa. O Banco Central acumula reservas de uma forma extraordinária e, ainda, recompra títulos de nossa dívida externa no mercado, reduzindo, com isso, os riscos de uma crise externa, como ocorreu com freqüência no passado. Mas o outro lado dessa equação, isto é, o custo da acumulação de reservas em um ambiente de juros reais de 10% ao ano, é uma ameaça real para a atividade econômica.