01 julho 2006
A raça dos pobres
Mauro Santayana
30/06/2006
A primeira reação à política de cotas parte da ciência: não existem raças humanas, existe ba espécie humana. Quando admitimos raças, estamos aceitando diferenças biológicas, e onde há diferenças (era o que pensavam Gobineau e Chamberlain), há superioridade e inferioridade. Do ponto de vista ético – e a ele que se deve subordinar a política – todos os grupos humanos revelam, historicamente, as mesmas virtudes e os mesmos pecados.
Sem esquecer os propósitos sombrios dos imperial thinkers da Fundação Ford, que pretendem dividir os homens em raças, para melhor domina-los, é melhor não pensar que não há brancos, nem negros. Há pobres e ricos, e disso sabe Pelé, que foi menino pobre. Como resumiu o escritor mineiro João Alphonsus, em Eis a Noite, coitados do negros, coitados dos brancos, coitados dos pobres.
Mauro Santayana
30/06/2006
A primeira reação à política de cotas parte da ciência: não existem raças humanas, existe ba espécie humana. Quando admitimos raças, estamos aceitando diferenças biológicas, e onde há diferenças (era o que pensavam Gobineau e Chamberlain), há superioridade e inferioridade. Do ponto de vista ético – e a ele que se deve subordinar a política – todos os grupos humanos revelam, historicamente, as mesmas virtudes e os mesmos pecados.
Sem esquecer os propósitos sombrios dos imperial thinkers da Fundação Ford, que pretendem dividir os homens em raças, para melhor domina-los, é melhor não pensar que não há brancos, nem negros. Há pobres e ricos, e disso sabe Pelé, que foi menino pobre. Como resumiu o escritor mineiro João Alphonsus, em Eis a Noite, coitados do negros, coitados dos brancos, coitados dos pobres.