29 agosto 2006
Mapa astral
28/08/2006
Sérgio Costa
Recém-rebaixado à categoria de planeta-anão no Sistema Solar, Plutão é regente do signo de Lula: Escorpião. A desqualificação, segundo especialistas, atingiu o astro quando transitava no meio do céu do presidente, a influenciar sua vida profissional.
Escrito nos astros ou coincidência, o rebaixamento de Plutão casou com uma mudança de ânimos na campanha. Lula, até então com atitude olímpica na liderança, resolveu dar uma espanada geral. Ele, que só tinha batido em Serra - ato falho?-, no fim da semana partiu para cima do real adversário Alckmin com críticas à educação em São Paulo e ainda saiu em defesa do aliado Marcelo Crivella no Rio ao atirar em Cabral Filho, ligando-o ao casal Garotinho.
Se a transformação do astro em planeta-anão influenciou a vida profissional de Lula, que andou declarando até o sonho de ser economista como antídoto ao elogio de ignorância a ele atribuída, atingiu também a de Alckmin. Os dois passaram a falar mais grosso e mais alto ao mesmo tempo. Por incrível que pareça, o ex-governador também é de Escorpião.
Descoberta, afinal, a utilidade dos intelectuais
Josias de Souza
29/08/2006
Descobriu-se, finalmente, para que servem os intelectuais: eles são as lavadeiras da República, os faxineiros da realpolitik. Dedicam-se a limpar a biografia de governantes que, no dizer casual-escatológico de Paulo Betti, viram-se forçados a “botar a mão na merda”.
O fato é que, a despeito do cocô, das más companhias e do jogo bruto, os intelectuais limparam toda réstia de nódoa que ainda pudesse haver no prontuário da era Lula. Lavaram, engomaram e passaram a ferro os escândalos. De quebra, emitiram um certificado de garantia à ética petista válido por pelo menos mais quatro anos. Em manifesto no qual se penduraram 213 assinaturas, a intelectualidade reclama apoio a Lula.
Mudam os faxineiros, mas o sabão é sempre o mesmo. Nos dias que correm, recorre-se à beira do tanque metafórico da intelectualidade ao mesmo tipo de sabão usado há bem pouco, por exemplo, por José Arthur Giannotti. Também ele justificou, sob espuma retórica, as incursões do amigo FHC pelo universo da amoralidade.
28/08/2006
Sérgio Costa
Recém-rebaixado à categoria de planeta-anão no Sistema Solar, Plutão é regente do signo de Lula: Escorpião. A desqualificação, segundo especialistas, atingiu o astro quando transitava no meio do céu do presidente, a influenciar sua vida profissional.
Escrito nos astros ou coincidência, o rebaixamento de Plutão casou com uma mudança de ânimos na campanha. Lula, até então com atitude olímpica na liderança, resolveu dar uma espanada geral. Ele, que só tinha batido em Serra - ato falho?-, no fim da semana partiu para cima do real adversário Alckmin com críticas à educação em São Paulo e ainda saiu em defesa do aliado Marcelo Crivella no Rio ao atirar em Cabral Filho, ligando-o ao casal Garotinho.
Se a transformação do astro em planeta-anão influenciou a vida profissional de Lula, que andou declarando até o sonho de ser economista como antídoto ao elogio de ignorância a ele atribuída, atingiu também a de Alckmin. Os dois passaram a falar mais grosso e mais alto ao mesmo tempo. Por incrível que pareça, o ex-governador também é de Escorpião.
Descoberta, afinal, a utilidade dos intelectuais
Josias de Souza
29/08/2006
Descobriu-se, finalmente, para que servem os intelectuais: eles são as lavadeiras da República, os faxineiros da realpolitik. Dedicam-se a limpar a biografia de governantes que, no dizer casual-escatológico de Paulo Betti, viram-se forçados a “botar a mão na merda”.
O fato é que, a despeito do cocô, das más companhias e do jogo bruto, os intelectuais limparam toda réstia de nódoa que ainda pudesse haver no prontuário da era Lula. Lavaram, engomaram e passaram a ferro os escândalos. De quebra, emitiram um certificado de garantia à ética petista válido por pelo menos mais quatro anos. Em manifesto no qual se penduraram 213 assinaturas, a intelectualidade reclama apoio a Lula.
Mudam os faxineiros, mas o sabão é sempre o mesmo. Nos dias que correm, recorre-se à beira do tanque metafórico da intelectualidade ao mesmo tipo de sabão usado há bem pouco, por exemplo, por José Arthur Giannotti. Também ele justificou, sob espuma retórica, as incursões do amigo FHC pelo universo da amoralidade.