19 agosto 2006

 

A PARTE E O TODO: EU EM CAIXA ALTA
Reinaldo Azevedo
19/08/2006

Insisto: eu espero, torço mesmo, para que o quadro eleitoral nacional se inverta. Mas também quero dizer que acho isso improvável. Um grupo político — no caso, as oposições — não comete tantos e sucessivos erros impunemente. A realidade cobra a sua fatura.- Errou quando não percebeu que Lula deveria ter sido apeado do poder — e havia motivos para tanto;

- Errou quando blindou Palocci na suposição de que se manteria uma economia estável, com um Lula fraco, que seria derrubado por um sopro;

- Errou quando tinha um candidato favorito, José Serra, que passou a ser atacado por líderes do grupo, como o próprio Alckmin e Aécio Neves. Em dezembro, Serra ganhava de Lula de lavada. Alckmin chamava aqueles números de “recall”. Em mais de uma entrevista, insistiu na necessidade de ele permanecer na Prefeitura. Imaginem só...

- Errou quando não puniu os seus dois únicos membros colhidos no valerioduto — num crime, de fato, pé-de-chinelo na comparação com os 40 quadrilheiros. E daí?;

- Errou quando, mesmo estando Serra tecnicamente empatado com Lula, e Alckmin com a metade dos votos (o número que tem hoje), desprezou quem tinha o dobro para ficar com quem tinha a metade;

- Erra agora, quando se assiste à mesma campanha seja para o governo do Estado, seja para a Presidência: Serra vence no primeiro turno, mas Lula também.

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