13 agosto 2006

 

Reação da elite ao governo é um "paradoxo"
Folha de São Paulo
13/08/2006

Principal representante do setor empresarial no governo petista, o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) classifica como um "paradoxo" a reação da elite brasileira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em sua opinião, o setor produtivo está faturando como "nunca", gostaria que as "coisas fossem iguais" no próximo ano, mas com um "comando diferente" do atual. Furlan atribui parte dessa contradição à "avalanche de notícia ruim, corrupção disso, daquilo".

47% do eleitorado diz ter posição política de direita
Folha de São Paulo
13/08/2006

Pesquisa Datafolha revela que 47% do eleitorado brasileiro se define com sendo de "direita". Outros 23% de "centro" e apenas 30% de "esquerda".Apesar de menos da metade se definir como de "direita", é esmagadora a maioria que adota posições geralmente associadas ao conservadorismo, como a condenação ao aborto, às drogas e a defesa de medidas mais duras de combate ao crime.A pesquisa mostra que são contra a descriminalização da maconha 79%. Do aborto, 63%. Outros 84% defendem a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos e 51% querem a instituição da pena de morte.

Os percentuais gerais acima não diferem muito mesmo isoladamente em cada um dos grupos de eleitores ("direita", "centro" e "esquerda"). Exemplo: entre os que se dizem de "esquerda", 87% (mais do que a média) são favoráveis à redução da maioridade penal.


Os bilhões do reino
Jânio de Freitas
13/08/2006
A reincidência da roubalheira com gastos públicos propostos ao Orçamento por parlamentares (as chamadas emendas), como foi a dos "anões" flagrados nos anos 90, não se limita às ambulâncias dos sanguessugas. Foi só mexer um pouco nas emendas desse esquema e logo apareceu outro tipo de golpe contra verbas orçamentárias: o deputado Fernando Gabeira -a cuja persistência por uma CPI já se deve a indiciação de 72 parlamentares, e haverá mais- está denunciando, agora, o uso de emendas da corrupção a pretexto da compra de computadores e veículos, para o programa de "inclusão digital". É uma descoberta a mais, porém ainda distante do que se passa no Orçamento.Há mais de 15 anos, desde iniciado o governo Collor, não se lançam projetos de grandes obras públicas, o que levou as empreiteiras maiores e patrocinadoras de fraudes nas concorrências, e portanto de corrupção, a se voltarem para atividades como mineração, petroquímica, exportação, até coleta de lixo. A aprovação das verbas orçamentárias para grandes obras levava à distribuição de suborno alto a inúmeros deputados e senadores. Houve os que chegassem a ter a campanha eleitoral bancada. Com o fim dos grandes projetos, a alternativa da corrupção orçamentária foi multiplicar o uso de verbas para o assistencialismo, caso das ambulâncias, e as obras de menor porte. Alvo mais fácil e mais numeroso: as prefeituras, mais de cinco mil.

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