11 setembro 2006

 

Aos amigos, todos os favores da lei
Waldemar Rossi
11/09/2006

O povo esteve feliz quando elegeu Lula presidente, afinal, era a esperança de que mudanças aconteceriam e que nova prática política seria aplicada. A decepção é generalizada. Porém, como o desconhecimento objetivo das questões políticas é também generalizado, parte significativa desse mesmo povo ainda acredita nele e muito provavelmente o reelegerá para um novo governo de quatro anos. Assim como aconteceu com FHC. Com o tucano, os outros quatro anos só vieram confirmar que sua eleição foi uma fraude política. Por tudo que Lula tem feito, dito e repetido, creio que sua eventual reeleição somente virá confirmar a regra nessa “democracia burguesa”: um verdadeiro estelionato eleitoral, em que se pode repetir o conceito e a prática expressos por um notável do tempo da ditadura militar: “Aos nossos amigos, todos os favores da lei; aos nossos inimigos, todos os rigores da lei”.


Lula e Bush
Luiz Carlos Bresser-Pereira
11/09/2006

O PSDB tem quadros competentes, mas está confuso diante do fracasso da modernidade com a qual se identificou, e à qual faltavam as idéias de nação e de retomada do desenvolvimento. Ainda há tempo, porém, para que suas lideranças e o candidato proponham uma alternativa real aos brasileiros. Não basta que rejeitem a corrupção e o populismo econômico do atual governo, precisam rejeitar toda a sua submissão à ortodoxia convencional, precisam mostrar aos eleitores a necessidade urgente de reorganizar a nação e de definir uma estratégia nacional de desenvolvimento.

Dessa forma talvez ainda seja possível evitar no Brasil o que ocorreu nos EUA. Lá, a falta de capacidade de apresentar uma verdadeira alternativa de governo custou ao Partido Democrata e ao povo americano mais quatro anos de Bush, aqui poderá indicar mais quatro anos de Lula.

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