04 setembro 2006

 

Lula quer ‘tolerância zero’ com ataques tucanos
Josias de Souza
03/09/2006

Em público, ele é o ‘Lulinha paz e amor’. Em privado, é um candidato cada vez mais pintado para a guerra. “Não podemos assistir calados a esse festival de besteiras que estão dizendo sobre nós”, afirmou Lula a um auxiliar. Mostra-se especialmente irritado com o antecessor Fernando Henrique Cardoso. Quer que seus aliados, em especial o PT, adotem o que chama de tática da “tolerância zero” com os ataques.

Entre quatro paredes, Lula refere-se a FHC de maneira pouquíssimo lisonjeira. Diz que o tucano não está “batendo bem”. Exagera: “Deveria ser internado”. Acha que o “problema” de FHC é “a inveja”. Não suportaria o fato de ter sido “superado” no governo por um “operário”. Em “todos os quesitos”.


O GRANDE PADRINHO!
Cesar Maia
04/09/2006

Em artigo magistral, no Estado de SP de domingo, FHC disseca a natureza do governo Lula. O título do artigo -República da Malandragem- já antecipa a lógica da argumentação de FHC. A parte mais forte do artigo, é a última frase onde FHC chama Lula de mafioso ou Grande Padrinho, responsabilizando-o portanto, por toda a máquina de corrupção montada especialmente nos anos de 2003 e 2004. Nada tão oportuno!

Mas lembro-me que a meados de 2005, com todos os documentos e provas na mão, se discutia a responsabilização do presidente, de Lula. Um dirigente do PFL trouxe de SP, uma linha de atuação que teria sido proposta, em reunião, por FHC para aquela conjuntura. FHC teria dito que uma ação contundente da oposição em direção ao impedimento de Lula, naquele momento, seria repetir o erro do PT quanto a Collor, radicalizando pela sua cassação, e por isso pagou o preço, em 1990 (eleição parlamentar) e 1994 (presidencial e parlamentar), num abraço de afogado. E que a tática correta seria ir retirando ar, e apertando o cerco, de forma a se chegar no final do governo em 2006, com Lula em farrapos, mas como presidente.
Bem, hoje... melhor assim, pois através de sua maior liderança, expressa aquilo que o PFL sempre disse a partir dos fatos.

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