16 dezembro 2005
A barbeiragem econômica
Luís Nassif
16/12/2005
A política macroeconômica é composta, grosso modo, pelas seguintes ferramentas: 1) Política fiscal. 2) Política monetária. 3) Política cambial.
É por meio da combinação dessas políticas que a área econômica tenta estabelecer situações de equilíbrio, que permitam à economia crescer sem grandes desajustes. É como um jogo de xadrez, em que cada mexida de peça muda o equilíbrio do tabuleiro. É papel do ministro da Fazenda, já que Receita e Banco Central fazem seu próprio jogo. É o técnico quem compatibiliza as estratégias.
Desequilíbrio 3: para impedir uma apreciação ainda maior do real, o Banco Central empreendeu política de compra de reservas. Essas reservas têm um forte custo fiscal, correspondente à diferença entre a taxa Selic e as taxas internacionais de juros. Nem assim segurou a apreciação do real.
Desequilíbrio 4: o aumento dos juros, somado à apreciação do real, provocou uma queda no PIB (Produto Interno Bruto) do ano, de esperados 3,5% para prováveis 2,5%, pulverização de R$ 17 bilhões da riqueza nacional.
O resultado final dessa mixórdia foi apenas o de aumentar a dívida pública e reduzir o crescimento. Nenhum dos objetivos iniciais foi alcançado. O que não impede essa elegia continuada e incompreensível à competência do ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho.
Luís Nassif
16/12/2005
A política macroeconômica é composta, grosso modo, pelas seguintes ferramentas: 1) Política fiscal. 2) Política monetária. 3) Política cambial.
É por meio da combinação dessas políticas que a área econômica tenta estabelecer situações de equilíbrio, que permitam à economia crescer sem grandes desajustes. É como um jogo de xadrez, em que cada mexida de peça muda o equilíbrio do tabuleiro. É papel do ministro da Fazenda, já que Receita e Banco Central fazem seu próprio jogo. É o técnico quem compatibiliza as estratégias.
Desequilíbrio 3: para impedir uma apreciação ainda maior do real, o Banco Central empreendeu política de compra de reservas. Essas reservas têm um forte custo fiscal, correspondente à diferença entre a taxa Selic e as taxas internacionais de juros. Nem assim segurou a apreciação do real.
Desequilíbrio 4: o aumento dos juros, somado à apreciação do real, provocou uma queda no PIB (Produto Interno Bruto) do ano, de esperados 3,5% para prováveis 2,5%, pulverização de R$ 17 bilhões da riqueza nacional.
O resultado final dessa mixórdia foi apenas o de aumentar a dívida pública e reduzir o crescimento. Nenhum dos objetivos iniciais foi alcançado. O que não impede essa elegia continuada e incompreensível à competência do ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho.