12 dezembro 2005
Exportar etanol?
Joaquim Francisco de Carvalho
12/12/2005
A produtividade média dos canaviais brasileiros está em torno de 70 toneladas de cana por hectare por ano e de cada tonelada extraem-se 80 litros de etanol, de modo que temos 5.600 litros de etanol, por hectare, por ano.
Para não depauperar o solo, os canaviais devem ter uma área bem maior do que a de efetivo plantio e, ao lado disso, há os aceiros, estradas internas, lagoas de decantação de vinhoto, etc.
A China enfrenta, já sabemos, graves problemas de poluição atmosférica, provocados pela queima de combustíveis fósseis. Seria pois razoável que, para mitigar esses problemas, resolvessem eles misturar 20% de etanol brasileiro à sua gasolina, criando, para a nossa indústria alcooleira, uma demanda de 27 milhões de metros cúbicos de etanol, por ano.
E demandaria uma área equivalente à metade de São Paulo, não deixando espaço para reservas biológicas, nem para florestas nativas, nem para a agropecuária, nem para a expansão urbana. Sem falar da biodiversidade, que seria irremediavelmente comprometida.
Joaquim Francisco de Carvalho
12/12/2005
A produtividade média dos canaviais brasileiros está em torno de 70 toneladas de cana por hectare por ano e de cada tonelada extraem-se 80 litros de etanol, de modo que temos 5.600 litros de etanol, por hectare, por ano.
Para não depauperar o solo, os canaviais devem ter uma área bem maior do que a de efetivo plantio e, ao lado disso, há os aceiros, estradas internas, lagoas de decantação de vinhoto, etc.
A China enfrenta, já sabemos, graves problemas de poluição atmosférica, provocados pela queima de combustíveis fósseis. Seria pois razoável que, para mitigar esses problemas, resolvessem eles misturar 20% de etanol brasileiro à sua gasolina, criando, para a nossa indústria alcooleira, uma demanda de 27 milhões de metros cúbicos de etanol, por ano.
E demandaria uma área equivalente à metade de São Paulo, não deixando espaço para reservas biológicas, nem para florestas nativas, nem para a agropecuária, nem para a expansão urbana. Sem falar da biodiversidade, que seria irremediavelmente comprometida.