20 dezembro 2005
Juros e superávit
Luís Nassif
20/12/2005
No mercado, a taxa de juros de equilíbrio (a que equilibra ganhos em aplicações externas com as internas) corresponde ao que o que se paga por papéis brasileiros no exterior, menos a inflação mundial menos o custo de entrada e saída do dinheiro. Estima-se que, hoje em dia, esteja em 8,5%. Acrescentando 4,5% da inflação, chega-se a uma taxa Selic de 13,38%.
Supondo um superávit primário de 4,25%, um IPCA de 4,25% e um crescimento do PIB de 3%, ao final de dez anos a dívida cairia cinco pontos, como percentual do PIB. No caso de um crescimento de 4% ao ano, a relação dívida/PIB cairia 12,5 pontos -ficando em 39%.Vamos inverter as contas. De quanto precisaria ser o superávit primário para repetir essa performance, no caso de a taxa Selic ficar em 17% na média? Em ambos os casos, o superávit primário deveria saltar para 7,9% do PIB -uma diferença de mais de três pontos do PIB.
Luís Nassif
20/12/2005
No mercado, a taxa de juros de equilíbrio (a que equilibra ganhos em aplicações externas com as internas) corresponde ao que o que se paga por papéis brasileiros no exterior, menos a inflação mundial menos o custo de entrada e saída do dinheiro. Estima-se que, hoje em dia, esteja em 8,5%. Acrescentando 4,5% da inflação, chega-se a uma taxa Selic de 13,38%.
Supondo um superávit primário de 4,25%, um IPCA de 4,25% e um crescimento do PIB de 3%, ao final de dez anos a dívida cairia cinco pontos, como percentual do PIB. No caso de um crescimento de 4% ao ano, a relação dívida/PIB cairia 12,5 pontos -ficando em 39%.Vamos inverter as contas. De quanto precisaria ser o superávit primário para repetir essa performance, no caso de a taxa Selic ficar em 17% na média? Em ambos os casos, o superávit primário deveria saltar para 7,9% do PIB -uma diferença de mais de três pontos do PIB.