05 dezembro 2005

 

PIB
Luiz Gonzaga Belluzzo
05/12/2005

O crédito consignado deu impulso à demanda de bens duráveis nos trimestres anteriores, mas foi curto em razão dos juros muito altos. Outro elemento dinâmico, que são exportações líquidas, também não tiveram o mesmo ímpeto.

O elemento que talvez tenha contribuído muito para a queda, o elemento dinâmico para a economia, é a indústria e suas ramificações. No desempenho da indústria, o investimento é o elemento que compensaria esses dois outros fatores de expansão, que são exportações líquidas e o consumo, mas ele tem se comportado de maneira bem modesta.

Mas o fator fundamental é realmente a combinação juros e superávit primário, que não foram exatamente expansionistas e tiraram fôlego do crescimento.

No Brasil, tem essa coisa do câmbio flutuante, que é uma história mal contada. Se você olha pesquisas do FMI, a maior parte dos países está em regimes de câmbio intermediários, porque não dá para ter câmbio flutuante em um mundo onde há movimentos de capital e arbitragem financeira. O Brasil fez uma coisa de uma imprudência e um risco enorme, que não precisava correr [permitir a valorização do real].

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