12 janeiro 2006

 

O conto do vigário do divórcio com o FMI
Informe Econômico - Jornal do Brasil
12/1/2006

Está tudo muito bom, tudo muito bem, mas um atento leitor da coluna pergunta: por que, com todos os diabos, o Brasil pagou antecipadamente sua dívida de US$ 15,5 bilhões com o Fundo Monetário Internacional se este é um dos dinheiros mais baratos do planeta? A questão é ainda mais procedente se considerarmos que, esta semana, o Tesouro Nacional fechou a primeira captação externa do ano, no valor de US$ 1 bilhão - com demanda para mais de US$ 3 bilhões.

O país pagará aos investidores desta emissão juros de 7,55% ao ano. Uma pechincha se considerarmos o atual patamar da taxa básica doméstica, de 18,5% anuais. Mas um disparate se for levada em conta a taxa cobrada pelo FMI em seus empréstimos: 3,17%. É, isto a imprensa não destacou, quando o governo anunciou que estava pondo fim ao conturbado casamento com o Fundo. Por que, então, pagar mais do que o dobro para se financiar e ainda anunciar a decisão como um momento histórico?


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