02 janeiro 2006
Transferência indevida e injusta
Luiz Carlos Bresser-Pereira
02/01/2006
Agora, os mesmos analistas que viam nos 4,9% de 2004 a demonstração da boa política econômica atribuem os parcos resultados de 2005 a essa mesma política.
Os juros básicos do Banco Central têm sido, nos últimos anos, entre quatro e seis vezes maiores do que o risco-país justifica. Isso é sinal de desequilíbrio macroeconômico grave. O preço que pagamos por não atacarmos esse mal através de uma estratégia que atribua alta prioridade à baixa dos juros é a concentração de renda nos muito ricos; é a quase-estagnação; é crescermos menos do que a metade do que crescem os demais países, e muito menos do que a metade do que crescem os países que têm verdadeiras estratégias nacionais de desenvolvimento.
Luiz Carlos Bresser-Pereira
02/01/2006
Agora, os mesmos analistas que viam nos 4,9% de 2004 a demonstração da boa política econômica atribuem os parcos resultados de 2005 a essa mesma política.
Os juros básicos do Banco Central têm sido, nos últimos anos, entre quatro e seis vezes maiores do que o risco-país justifica. Isso é sinal de desequilíbrio macroeconômico grave. O preço que pagamos por não atacarmos esse mal através de uma estratégia que atribua alta prioridade à baixa dos juros é a concentração de renda nos muito ricos; é a quase-estagnação; é crescermos menos do que a metade do que crescem os demais países, e muito menos do que a metade do que crescem os países que têm verdadeiras estratégias nacionais de desenvolvimento.