10 fevereiro 2006
Uma lei cambial antiindustrial
Luís Nassif
10/02/2006
O projeto apresentado pela Fiesp traz riscos claros ao país e desdobramentos que ainda não foram devidamente avaliados, talvez devido à euforia atual, provocada pelo excesso de dólares na economia.
Se a Câmara deixar passar esse projeto, o Brasil sairá definitivamente do grupo de países com projeto nacional, para se tornar um país-mercado, como a Suíça, a Holanda, Cingapura e Hong Kong, com uma estrutura econômica totalmente diversa de um país continental, adverte um especialista em história de regimes cambiais. A Fiesp está agindo em cima de uma realidade circunstancial, mas será a primeira a pedir o socorro do Estado quando faltarem dólares, como fez em toda a sua história.
Seria a financeirização final da economia de um país complexo, o fim de um modelo que permitiu, ao longo das últimas cinco décadas, a própria criação do atual parque industrial brasileiro. Aprovada essa nova lei, como definiu o especialista, na primeira classe ficarão os que exportam ou têm acesso a recursos no exterior, pois poderão manter contas em moeda estrangeira e estarão isentos, cobertos e isolados dos problemas internos do País, políticos, econômicos e sociais.
Na segunda classe, a rapa.
Luís Nassif
10/02/2006
O projeto apresentado pela Fiesp traz riscos claros ao país e desdobramentos que ainda não foram devidamente avaliados, talvez devido à euforia atual, provocada pelo excesso de dólares na economia.
Se a Câmara deixar passar esse projeto, o Brasil sairá definitivamente do grupo de países com projeto nacional, para se tornar um país-mercado, como a Suíça, a Holanda, Cingapura e Hong Kong, com uma estrutura econômica totalmente diversa de um país continental, adverte um especialista em história de regimes cambiais. A Fiesp está agindo em cima de uma realidade circunstancial, mas será a primeira a pedir o socorro do Estado quando faltarem dólares, como fez em toda a sua história.
Seria a financeirização final da economia de um país complexo, o fim de um modelo que permitiu, ao longo das últimas cinco décadas, a própria criação do atual parque industrial brasileiro. Aprovada essa nova lei, como definiu o especialista, na primeira classe ficarão os que exportam ou têm acesso a recursos no exterior, pois poderão manter contas em moeda estrangeira e estarão isentos, cobertos e isolados dos problemas internos do País, políticos, econômicos e sociais.
Na segunda classe, a rapa.