16 março 2006

 

Hamlet. Eis a questão
Reinaldo Azevedo
27/12/2005

E vocês? Entregariam o poder a Fortinbras num mar de sangue ou prefeririam manter o Reino da Dinamarca? Eis a questão.

PSDB: Chega! Decidi chutar o balde. Como Swift
Reinaldo Azevedo
20/01/2006

Se sou Serra, neste 20 de janeiro de 2006, mesmo tendo o dobro das intenções de voto do segundo colocado, surpreendo todo o partido, chuto o pau da barraca e declaro: “Não sou mais candidato. Ok, vocês perderam. Vocês venceram”. Pronto. E, claro, prefeito, peço-lhe o favor de, nessa hipótese, ser “um soldado” em favor do escolhido.

PSDB: Como ganhar, tentar ganhar e perder
Reinaldo Azevedo
22/01/2006

Confesso que fico impressionado que o PSDB, depois de 12 anos de poder no Estado, tenha tido de recorrer a um presidenciável para disputar a Prefeitura e tenha agora de praticamente criar um nome para disputar o governo. Há algo de errado com a formação de lideranças.

De tucanos e asnos
Reinaldo Azevedo
12/02/2006

Escrevi, não faz tempo, que o PSDB só perderia a eleição presidencial de 2006 se perdesse para si mesmo. Se isso acontecer, sugiro que seus partidários renunciem ao bichinho que os caracteriza. Sai o tucano, entra o asno. Não aquele simpático do Partido Democrata americano, mas um bem manquitola. Por que não o Asno de Buridan? Morreu de fome entre a água e a alfafa porque não conseguiu fazer uma escolha.

Paz, amor e chuchuzinho
Reinaldo Azevedo
20/02/2006

O que mais impressiona é que, com efeito, o PT não precisou mover uma palha para que as oposições entrassem em transe. Elas fizeram isso absolutamente sozinhas. A política brasileira é mesmo um chuchuzinho.

Tucanos: algo vai acontecer
Reinaldo Azevedo
03/03/2006

Zé Simão, na Folha, fez uma brincadeira pertinente. Disse que os tucanos foram acometidos pela gripe aviária. Tomara que não. A ser verdade, já estão mortos, não é? Quem morre na véspera é peru, não tucano. Mas, é fato, tanto num caso como no outro, o PSDB está brincando com a sorte. Não concebo que partidos tenham uma natureza suicida, que é o que está parecendo. O conjunto da obra faz supor que algo vá acontecer.

Algo há de acontecer. Algo que rompa o atual status, cujo resultado é o desastre certo. Os próximos dias vão dizer.

PSDB trincado
Reinaldo Azevedo
12/03/2006

Ao PSDB está faltando mais do que competência para pôr ordem na casa: está faltando juízo. O partido trincou. Há quem possa soldá-lo? Ainda dá tempo de convencer todos os atores que interessam de que a divisão não beneficia ninguém?

O PT tentando seqüestrar o PSDB
Reinaldo Azevedo
13/03/2006

Uma parte do tucanato evidencia que melhor seria se o símbolo do partido fosse um pato. Está caindo no truque do PT com espantosa facilidade. Os “novos turcos”, por sua vez, que chegam para depor o que consideram a velha guarda do PSDB não querem nem saber. Sua primeira tarefa, clara e explícita, é tomar o aparelho partidário. O resto fica para depois. Aceita o minueto proposto pelo PT.

A decisão de Serra e suas implicações
Reinaldo Azevedo
13/03/2006

Parece-me que Serra evitou as prévias para afastar o gosto da amarga vitória, que é aquela que a gente obtém quando ganha, mas não leva. Certas conquistas são tão demoradas e difíceis, que, como diria Tomás Antônio Gonzaga, quando chegam, já não contam. Ou nas palavras do poeta: “As glórias que vêm tarde já vêm frias”. A vitória que pode não ser tão doce, tudo indica, é de Alckmin.

Alckmin candidato 1 – As circunstâncias
Reinaldo Azevedo
14/03/2006

Pela primeira vez, viu-se um PSDB com alguma coisa parecida com “baixo clero”. O tucanato, cheio de pavões, começou a exibir papagaios aos montes, galinhas-d’angola, pardais, periquitos, uma vasta algaravia ornitológica. Todos queriam ter opinião. Todos exigiam ser consultados. Todos reivindicavam direito de voz e de voto em nome da “democracia interna”.

Não deixa de ser irônico o sentido retroativo que se pode emprestar à fala do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na solenidade em homenagem a Mário Covas, feita há dias. Ele pregou, então, “ousadia”. Eis aí: uma ousadia, ao menos, o PSDB conseguiu cometer: abrir mão de quem tem o dobro para escolher quem tem a metade. Convenha-se: é preciso bastante “coragem” para fazer tal opção.

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