28 março 2006

 

Um mestre do mimetismo
28/03/2006
Luís Nassif

Durante três anos e alguns meses, Antonio Palocci viveu um papel que nada tinha a ver com sua história: o de ministro da Fazenda. E foi um ator fantástico, transmitindo tranqüilidade e segurança, mesmo quando não conseguia transmitir sabedoria. Tornou-se um expoente do mimetismo cabeça-de-planilha, incorporando rapidamente todos os clichês e lugares-comuns que sustentam esse discurso.

Ajudou a dar sobrevida e sustentação a uma política implacável de concentração de renda, de aumento do endividamento público e de gestão de despesa na boca do caixa. Com sua falta de preparo, conseguiu prejudicar até a ortodoxia racional do Tesouro, atropelada pelo primarismo obcecado do Banco Central.

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