14 abril 2006
A Varig e a seita do mercado neoliberal
J. Carlos de Assis
18/04/2006
A Varig é uma das poucas corporações brasileiras. Como tal, é um ativo nacional no contexto da competição global das empresas aéreas. É verdade que, por muito tempo, foi pessimamente administrada pela Fundação Rubem Berta, cujos integrantes cuidavam mais dos próprios interesses individuais do que dos interesses da empresa. Entretanto, o governo, de Sarney a Lula, foi cúmplice desse mau gerenciamento. Não fez nada para evitá-lo, e certamente, com sua indiferença, contribuiu para seu agravamento.
A empresa acumulou uma dívida da ordem de mais de R$ 8 bilhões, à qual se contrapõe um crédito junto ao governo, com sentença transitada em julgado, de quase R$ 6 bilhões. Um encontro de contas a colocaria, de forma quase automática, em condições operacionais para saldar a dívida remanescente. No entanto, o governo finge que sua dívida não existe. Claro que ele não diz que não vai pagar. Se dissesse, estaria destruindo a ordem jurídica. Ele apenas usa de subterfúgios para retardar indefinidamente o pagamento.
A estupidez neoliberal liquidou com nossa Marinha Mercante: hoje perdemos mais de 4 bilhões de dólares anuais em fretes, o que se deveu à notável “visão estratégica” de um presidente chamado Collor. O estrategista Lula, com seu conselho chefiado pelo cristão novo neoliberal Mantega, está pronto para liquidar, em nome do “mercado”, com a maior de nossas empresas aéreas internacionais! Quanto isso vai nos custar no futuro?
J. Carlos de Assis
18/04/2006
A Varig é uma das poucas corporações brasileiras. Como tal, é um ativo nacional no contexto da competição global das empresas aéreas. É verdade que, por muito tempo, foi pessimamente administrada pela Fundação Rubem Berta, cujos integrantes cuidavam mais dos próprios interesses individuais do que dos interesses da empresa. Entretanto, o governo, de Sarney a Lula, foi cúmplice desse mau gerenciamento. Não fez nada para evitá-lo, e certamente, com sua indiferença, contribuiu para seu agravamento.
A empresa acumulou uma dívida da ordem de mais de R$ 8 bilhões, à qual se contrapõe um crédito junto ao governo, com sentença transitada em julgado, de quase R$ 6 bilhões. Um encontro de contas a colocaria, de forma quase automática, em condições operacionais para saldar a dívida remanescente. No entanto, o governo finge que sua dívida não existe. Claro que ele não diz que não vai pagar. Se dissesse, estaria destruindo a ordem jurídica. Ele apenas usa de subterfúgios para retardar indefinidamente o pagamento.
A estupidez neoliberal liquidou com nossa Marinha Mercante: hoje perdemos mais de 4 bilhões de dólares anuais em fretes, o que se deveu à notável “visão estratégica” de um presidente chamado Collor. O estrategista Lula, com seu conselho chefiado pelo cristão novo neoliberal Mantega, está pronto para liquidar, em nome do “mercado”, com a maior de nossas empresas aéreas internacionais! Quanto isso vai nos custar no futuro?