21 julho 2006
Pois é, pra quê?
Luís Nassif
21/07/2006
Há anos o Brasil luta para se tornar um "investment grade" -isto é, um país com uma classificação de risco ótima. Com esse selo, Tesouro e empresas nacionais conseguirão captar no mercado internacional a um custo mais baixo.
Ser "investment grade" não significa muita coisa, em termos de avaliação da qualidade intrínseca da economia. Como lembra o consultor Igor Cornelsen, Botsuana é AAA (o mais alto grau de avaliação), não por ser uma nação virtuosa e desenvolvida, mas porque não tem dívida externa. "Dizem que o Brasil só pode ser "investment grade" quando a dívida pública interna tiver 50% dos seus títulos prefixados e com um prazo médio de rolagem bem superior ao atual. Bobagem. A dívida externa pode se tornar "investment grade" em poucas semanas, independentemente da interna." O Brasil tem mais reservas do que dívida externa. Bastaria liquidar a dívida externa remanescente.
A questão é: para quê?
Luís Nassif
21/07/2006
Há anos o Brasil luta para se tornar um "investment grade" -isto é, um país com uma classificação de risco ótima. Com esse selo, Tesouro e empresas nacionais conseguirão captar no mercado internacional a um custo mais baixo.
Ser "investment grade" não significa muita coisa, em termos de avaliação da qualidade intrínseca da economia. Como lembra o consultor Igor Cornelsen, Botsuana é AAA (o mais alto grau de avaliação), não por ser uma nação virtuosa e desenvolvida, mas porque não tem dívida externa. "Dizem que o Brasil só pode ser "investment grade" quando a dívida pública interna tiver 50% dos seus títulos prefixados e com um prazo médio de rolagem bem superior ao atual. Bobagem. A dívida externa pode se tornar "investment grade" em poucas semanas, independentemente da interna." O Brasil tem mais reservas do que dívida externa. Bastaria liquidar a dívida externa remanescente.
A questão é: para quê?