26 agosto 2006
Para FHC, falta 'energia' a Alckmin para deter Lula
Josias de Souza
26/08/2006
O blog ouviu duas pessoas que conversaram com FHC nas últimas 72 horas. Descobriu que o ex-presidente descrê da capacidade de Alckmin de prevalecer sobre Lula. Todos os raciocínios desfiados por ele conduzem à impressão de que já jogou a toalha. Afirma, por exemplo, que falta “energia” a Alckmin para estabelecer o contraditório com Lula.
Para complicar, FHC avalia que sobra no adversário o vigor que escasseia no candidato de seu partido. Sem o “necessário contraponto”, Lula estaria conseguindo difundir livremente a idéia de que todos os partidos e todos os políticos “são iguais” na perversão. A tese, acredita FHC, já foi passivamente comprada pelo eleitorado. Daí a consolidação do favoritismo de Lula, a despeito de todos os “escândalos” que marcaram a gestão petista.
O que falta à análise de FHC é uma boa dose de autocrítica. O discurso da “indiferenciação” esgrimido por Lula encontra eco no eleitorado em parte por conta das práticas e costumes que vicejaram também sob a era FHC.
O mesmo balcão de negócios no Congresso. A mesma partilha de ministérios, rateados sem cerimônia entre representantes de partidos adeptos da fisiologia. E escândalos em quantidade nada negligenciável: Sudam, Sudene, compra de votos da emenda da reeleição, privatizações trançadas “no limite da irresponsabilidade”... A comparação joga água no moinho que “absolve” Lula e o petismo de seus pecados.
Josias de Souza
26/08/2006
O blog ouviu duas pessoas que conversaram com FHC nas últimas 72 horas. Descobriu que o ex-presidente descrê da capacidade de Alckmin de prevalecer sobre Lula. Todos os raciocínios desfiados por ele conduzem à impressão de que já jogou a toalha. Afirma, por exemplo, que falta “energia” a Alckmin para estabelecer o contraditório com Lula.
Para complicar, FHC avalia que sobra no adversário o vigor que escasseia no candidato de seu partido. Sem o “necessário contraponto”, Lula estaria conseguindo difundir livremente a idéia de que todos os partidos e todos os políticos “são iguais” na perversão. A tese, acredita FHC, já foi passivamente comprada pelo eleitorado. Daí a consolidação do favoritismo de Lula, a despeito de todos os “escândalos” que marcaram a gestão petista.
O que falta à análise de FHC é uma boa dose de autocrítica. O discurso da “indiferenciação” esgrimido por Lula encontra eco no eleitorado em parte por conta das práticas e costumes que vicejaram também sob a era FHC.
O mesmo balcão de negócios no Congresso. A mesma partilha de ministérios, rateados sem cerimônia entre representantes de partidos adeptos da fisiologia. E escândalos em quantidade nada negligenciável: Sudam, Sudene, compra de votos da emenda da reeleição, privatizações trançadas “no limite da irresponsabilidade”... A comparação joga água no moinho que “absolve” Lula e o petismo de seus pecados.